O que é dependência química?
A dependência pode estar relacionada a uma substância psicoativa específica (por exemplo, tabaco, álcool ou cocaína), a uma categoria de substâncias psicoativas ou a uma gama mais ampla de substâncias farmacologicamente diferentes.
Existe uma cura para a dependência química?
Não podemos dizer que existe uma cura para a dependência química. É uma doença crônica, como diabetes e hipertensão, mas é totalmente tratável. Deve-se notar que uma pessoa sem vício não é apenas a cessação do consumo, mas também um tratamento que pode ajudar o indivíduo a se adaptar novamente na família, no trabalho e na sociedade. Esse tipo de tratamento, só é encontrado em uma clínica de recuperação para dependência química ou alcoolismo, onde o paciente fica alguns dias e até mesmo meses, sob o cuidado de ótimos profissionais. Para que ele tenha uma recuperação mais saudável e eficiente.
Porém, de acordo com o National Institute for Abuse of Drugs (NIDA), estima-se que cerca de 40-60 % dos pacientes têm uma recaída – número muito semelhantes a outras doenças crônicas como a pressão alta (50-70 %) e a asma (50-70 %). Além disso, deve-se ressaltar que as recaídas fazem parte do processo terapêutico e deve ser ressaltado que o tratamento precisa ser revisto e ajustado. Por esse motivo, todo tratamento para dependência química deve contar com o apoio da família também.
Muitos estudos tentam identificar as características que predispõem uma pessoa a um risco maior de desenvolver abuso ou dependência. Em relação ao álcool, por exemplo, estima-se que fatores genéticos explicam cerca de 50% das sensibilidades que leva uma pessoa a beber em grande quantidade, principalmente os filhos de alcoólatras, que têm quatro vezes mais probabilidade de desenvolver alcoolismo, mesmo que sejam criados por não alcoólatras. Além disso, certos fatores e aspectos do consumo de álcool tornam as mulheres, sejam jovens ou idosas, mais vulneráveis aos efeitos das bebidas alcoólicas, colocando-as em maior risco de desenvolver problemas, por isso, para o caso da dependência do álcool também existe clínicas com o tratamento para alcoolismo.
Procure ajuda médica
É importante que a pessoa com dependência química procure ajuda de profissionais de saúde quando surgem situações nas quais a substância interfere na saúde física e/ou funções rotineiras, acadêmicas e/ou profissionais e relacionamentos pessoais. Para casos onde o uso das substancias começam a prejudicar a saúde, existe o tratamento involuntário, onde a família procura a clínica e pede então o resgate do individuo que não que ir por conta própria.
Ao diagnosticar um paciente, é importante que, além de tratar a dependência química, seja realizada uma observação clínica para garantir uma melhoria geral da saúde.
Tratamento da dependência química:
O tipo de assistência mais adequado para cada pessoa depende de suas características pessoais, da quantidade e do uso da substância e se ela já tem problemas emocionais, físicos ou interpessoais como resultado desse uso.
Vários profissionais de saúde, tais como clínicos e psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, assistentes sociais e enfermeiros, podem estar envolvidos na avaliação dos pacientes. Se for feito um diagnóstico de dependência química, a observação a médio e longo prazo é necessária para garantir o sucesso do tratamento, que varia de acordo com o curso e a gravidade da doença.
Após o tratamento voluntário, os indivíduos precisam fazer uma série de mudanças no estilo de vida. Por exemplo, evitar lugares e situações de uso, (re)aprender sobre ‘fontes de prazer’ que não estão relacionadas ao uso – em geral, pessoas com problemas com drogas se afastam de todas as formas de atividades de lazer, passatempos, relacionamentos, etc.
A dependência de produtos químicos geralmente tem profundas conseqüências para muitos aspectos da vida humana e também para o meio ambiente. Dada sua complexidade, vale ressaltar que os programas de tratamento são multidisciplinares a fim de responder às diferentes necessidades dos pacientes (sociais, psicológicas, profissionais e até jurídicas, como demonstrado em vários estudos) e mudar mais efetivamente os padrões de comportamento que levam ao uso de substâncias, bem como os processos cognitivos e o funcionamento social.